quinta-feira, 26 de abril de 2018

[Crítica/Cinema] PARTE 2: “Vingadores – Guerra Infinita” o hype é real!


Por Guilherme César

-------------------- NÃO CONTÉM SPOILERS ----------------------------
               


                Depois de uma longa espera, finalmente chegou o dia do lançamento de Vingadores – Guerra Infinita, o filme que marca o início do fim do ciclo de dez anos criado pela Marvel e que carrega consigo o peso de corresponder as expectativas da massa de fãs que só aumenta a cada produção lançada. Neste texto pretendo fazer minha análise fria sem entregar spoilers da trama, então não se preocupe, leia sem medo. Lembrando que aqui estará a minha mais sincera opinião, que pode divergir da sua.

       Trazendo a ambiciosa missão de reunir todos os heróis apresentados anteriormente, Infinity War é a primeira parte do final do arco das Pedras do Infinito e a chegada do icônico vilão que até então via tudo das sombras, o Titã Louco. Thanos é um vilão incrível e muito bem adaptado para as telas, suas motivações são compreensíveis, seus diálogos são ótimos assim como as cenas de ação. Seu peso dramático também é tão grande quanto o seu tamanho e ele consegue te assustar, consegue te impactar. Como dito pelos irmãos Russo, diretores do filme, o antagonista mostra a que veio nos cinco primeiros minutos, em uma sequência de cenas memoráveis e que serviu como um grande tapa na cara. Deu vontade de chorar e o filme estava só começando. A relação do Titã com os heróis e com sua filha adotiva, Gamora, é muito bem trabalhada, colocando-o com a mais pura certeza no papel de protagonista. Este filme não é sobre os Vingadores, sobre os heróis, é sobre Thanos e ele é desenvolvido de forma excelente, com várias camadas.
           Por falar em heróis, todos tem seu tempo de tela, alguns são sim colocados como coadjuvantes, como Falcão, Soldado Invernal, Máquina de Combate e Viúva Negra, mas isso é totalmente compreensível. E mesmo assim conseguem ter destaque em boas cenas e em momentos de arrepiar. Thor, Stark e Strange são as cerejas do bolo, principalmente em relação ao Deus do Trovão que faz a sua melhor participação no MCU. Wanda e Visão, assim como Capitão América e Homem-Aranha também tem ótimos momentos e contribuem em muito para a trama. Já os Guardiões da Galáxia são os protagonistas dos momentos engraçados, o alivio cômico e ao mesmo tempo o grande ponto dramático da história. Esse mix é fantástico. Destaco a interação de Thor e Quill, assim como Drax e Mantis, que são hilários.

                A trilha sonora está impecável, fazendo você chorar de emoção a cada cena em que ao fundo surge a música tema dos vingadores. A fotografia é impecável, tudo é muito bonito e bem feito, até mesmo a destruição. Os vários núcleos (NY, Wakanda, Espaço...) são perfeitamente diferenciados com a fotográfica excelente. O CGI também é um dos melhores até então. Os vilões principalmente são muito bem feitos e não parecem bonecos de massinha. Raros momentos nota-se a computação gráfica, mas nada que diminua a qualidade do filme.
                Em relação ao enredo, temos um filme mais uma vez impecável e que supera os demais. Totalmente fechado e bem construído, Guerra Infinita amarra todas as pontas soltas de forma brilhante, nos brinda com ótimas referências, muito fanservice e coroa os dez anos de MCU com louvor. A trama tem momentos leves e divertidos, mas carrega um peso e dramaticidade superior a todos os filmes anteriores, é muitas vezes mais sombrio que qualquer outro filme, com uma escala muito maior e consequências arrasadoras. Vingadores 3 tem muito peso e é nitidamente um filme mais maduro.
                Todas as sequências de batalha são muito bem feita e dão destaque na medida para todos os personagens. A divisão de núcleos foi acertada, as interações de personagens é precisa e cada ato do filme consegue ser fluido e interessante. Cada arco desenvolvido é bem trabalhado e novos personagens ganham seu merecido destaque. Um adendo são os poderes do Dr. Estranho, muito bem explorados. A nova armadura de Tony Stark é de tirar o fôlego também.

Com pouco mais de duas horas e meia de duração e uma cena pós-créditos, o décimo nono filme do Universo Cinematográfico Marvel consegue prender a atenção do expectador do primeiro ao último minuto. Recheado de cores, explosões e longas sequências de ação de tirar o fôlego, ele nos presenteia com tudo que sempre quisemos ver nas telonas e mais um pouco. Surpreende, arrasa nossos corações e nos deixa sem chão com seu final devastadoramente incrível. VINGADORES – GUERRA INFINITA é o melhor crossover de heróis já feito, na minha humilde opinião o melhor filme da Marvel e um marco na história do cinema. Nas próximas semanas ouviremos muito sobre ele e isso vai reverberar durante décadas. Disney e Marvel conseguiram criar algo arrebatador, que mudará para sempre o cinema mundial e colocará os filmes de super-heróis no topo de uma vez por toda.
O vazio deixado após ver o filme é incomodo, ele é tão bom que nos deixa sem fala, sem reação. Ficamos 149 minutos vibrando, aplaudindo e gritando para emudecer quando os créditos sobem. Ao fim, eu não sentia meu corpo, só imaginava a tortura de esperar um ano pela continuação. E para quem teve medo de ver os trailers, eles não contam muito da história, que consegue surpreender (com o perdão do palavrão) PRA CARALHO.
Então, corre e assista logo, antes que a chuva de spoilers comece. Eu mesmo quero assistir novamente no cinema. Vale muito a pena! Minha nota? 10/10, o filme mais redondo do MCU.
               



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