Por Guilherme César
Eu risco linhas no papel só para tentar me organizar
Eu despejo palavras ali para tentar me acalmar
Sempre foi assim, sempre escrevi para não me afogar
Naquilo que o meu coração teima em relembrar
Eu rastejo por memórias
Eu tenho buscado por respostas
Eu rastejo na direção de um caminho
Eu tenho orado por me sentir sozinho
E tudo retorna para o mesmo ponto
Como se minha vida fosse apenas um conto
Em que o final já foi descrito e determinado
E tudo só faria sentido se eu tivesse me amado
E o amor próprio que todos teimam em me ensinar
Eu insisto que não sei como plantar
Pois onde esse sentimento iria ficar
Se o meu coração só sabe te amar?
Então eu volto para os versos
Rimo sem saber onde vou chegar
Clamo aos céus por um pouco de paz
E observo a tempestade se agigantar
Repito mantras, repito orações
Me volto para mim, tento me aceitar
E no fim é a calma em meio ao caos
Que eu insistentemente tento encontrar
E eu sei que com o tempo a paz vai chegar
Eu sei que tudo ficará bem quando a chuva passar
E não seria tudo sobre isso?
Sobre sempre acreditar e confiar?
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